Remake de Final Fantasy VII.
Introdução:
Como o próprio nome já diz esse jogo é um remake do clássico Final Fantasy 7 de 1997, mas não é qualquer remake. Dá até pra dizer que é uma “reimaginação”, como a Capcom tem feito com a série Resident Evil.
O que a Square Enix fez com esse jogo foi extraordinário. No jogo original a gente passava de 7 a 10 horas em Midgard, que é a principal cidade do jogo, já no remake nós passamos de 33 a 40 horas, foi uma expansão do mundo e dos personagens incrível. Jessie, Biggs e Wedge são personagens legais em Final Fantasy 7, mas no remake a gente conhece um lado mais incrível deles que faz a gente se importar muito com cada um. Eles eram personagens que tinham pequenas passagens em, literalmente, apenas uma missão básica e agora tem uma história incrível.
Partes do antigo Final Fantasy 7 que eram memoráveis agora estão inesquecíveis, quem não se lembra da Wall Market (Cidade Murada), quando temos que resgatar Tifa das garras de Dom Corneo, só que apenas mulheres que foram indicadas pelos 3 “líderes” da cidade podem entram na mansão dele e, por causa disso, temos que buscar um vestido para Cloud e a indicação de 2 líderes, um para Cloud e outro para Aerith, e agora... Essa parte está inacreditável. O processo pra pegar o vestido do Cloud é inacreditável, ninguém esperava pelo que estava por vir, é uma coisa que vai te fazer chorar de rir e pensar “O que esses caras fizeram? O que está acontecendo aqui? Isso é tão genial!”. E nada supera o final desse jogo! O começo e o meio eu posso dizer tranquilamente que é realmente um remake, mas o final... Nossa... O final foi de explodir a cabeça, aquilo sim foi uma reimaginação de um jogo. Algo que você olha e não tem como dizer “está igual ao final do antigo” talvez a próxima parte do remake não se chame remake, mas tenha um nome próprio que não envolva remake parte 2.
Sim, parte 2, Final Fantasy 7 vai ter uma pegada diferente dessa vez, ele vai ser separado em partes, e não sabemos quantas partes serão e parece que nem a própria Square Enix sabe ainda. Tudo isso com a desculpa de expandir a história do jogo. Essa primeira parte se passa inteira em Midgard, por isso ela é bem linear, mas bem linear mesmo, tirando a parte de mundo aberto que temos quando saímos de Midgard, muitas pessoas podem não gostar disso, mas calma, eles prometeram que iam expandir a história sem tirar nenhum conteúdo, e eles fizeram isso de uma maneira incrível, partes de bairros e setores que passamos por um tempo são cheios de vida, personagens principais e secundários com uma expansão de história gigante, personagens novos que acrescentam um pouco aos principais. Resumindo, o que eles nos prometeram, eles cumpriram... Pelo menos na primeira parte, só falta ver como vai ser a segunda.
Enredo:
Estamos em Midgard, uma cidade que usa a energia do planeta, chamada de “Lifestream” ou “Spirit Energy” (Energia espiritual), para alimentar toda a cidade. A forma líquida da “Lifestream” é conhecida como “Mako”. A cidade é rodeada por reatores que sugam essa energia e a transforma em energia elétrica para a cidade.
Nós controlamos Cloud Strife, um mercenário que foi um dos SOLDIERS, guerreiros imbuídos com mako e, por conta disso, teve habilidades de combate melhoradas. Ele está trabalhando para Avalanche, um grupo de ecoterroristas cujo objetivo é destruir a Shinra, empresa responsável pela cidade e pelos reatores que sugam Mako. Cloud foi contratado por Barret Wallace por indicação de Tifa Lockhart. Barret já foi a favor da construção dos reatores, mas por conta de eventos futuros ele perde um de seus braços e implanta uma metralhadora no lugar, já Tifa foi uma amiga de infância de Cloud, eles moravam na mesma cidade, mas por Cloud saiu da cidade e foi se alistar pra ser um SOLDIER.
Wedge, Biggs e Jessie são membros da Avalanche, Jessie faz as bombas pra explodir o reator, Biggs prepara o caminho pra invasão ao reator, e Wedge fica mais na parte de suporte, ajudando sempre quando alguém precisa. Após chegarem no núcleo do reator eles são atacados pelo Guard Scorpion, um robô que fica no núcleo do reator para o proteger, após derrotá-lo, a contagem regressiva da bomba começa, após eles terem fugido a bomba explode, a ideia era uma explosão controlada, o suficiente apenas pra danificar o reator e a Shinra acaba explodindo ele inteiro, fazendo que parte da cidade sofra com isso. Essa é apenas a 1ª hora de jogo das outras 30 que você terá.
Jogabilidade:
O combate desse jogo é uma mistura de tudo de melhor de todos os outros games da série Final Fantasy em um único sistema de combate. Tem a barra de ATB que enche com o tempo bem lentamente ou, mais depressa, ao bater nos inimigos, que nos permiti usar habilidades, magias, itens, e summons no meio da batalha, sem essa barra completa não podemos nem nos curar na batalha, o que faz com que tenhamos cuidado, mas ao mesmo tempo um pouco de pressa no meio do combate. Esse sistema foi pego dos Final Fantasy de turno que tínhamos antes.
Temos também o sistema de stagger, cada inimigo do jogo tem uma maneira de levar stagger que envolve magias de diferentes tipos ou ataques especiais. Quando a barra de stagger fica completa o inimigo fica sem se mover e todo ataque que damos nele aumenta, e se aquele inimigo tiver fraqueza a algum elemento de magia o ataque vai aumentar mais ainda. Esse sistema foi retirado do Final Fantasy 13.
Temos uma evolução do combate de Final Fantasy 15, onde era preciso apenas segurar o círculo para que o ataque fosse automático, agora precisamos aperta quadrado para atacar ou aperta triangulo, para que os personagens troquem o modo de atacar ou usam um ataque mais forte, mas que precisa ser carregado. Cada personagem tem uma jeito de jogar, Cloud ataca com sua espada e se apertamos triangulo ele troca pro modo Sentinela que o deixa mais lento e não podendo se defender de ataques a distância e ataques mágicos, mas em compensação ele troca a defesa por um contra-ataque, e ataques mais fortes que aumentam um pouco mais as barras de stagger dos inimigos.
Barret ataca a distância com sua metralhadora e quando apertamos triangulo ele usa 4 ataques fortes que precisam ser carregados depois de usados, você pode deixar carregando sozinho ou ficar apertando triangulo para carregar o ataque mais rapidamente.
Tifa é a personagem dos combos, ela ataque com as mão e é extremamente rápida e forte. Todas as habilidades dela foram feitas para fazer combos juntos com os ataques normais, quando você aperta triangulo ela usa um ataque que acerta personagens voadores que estão perto dela, ou inimigos no chão pra emendar o combo, e se usarmos a habilidade “Poder Imensurável” esse ataque troca pra outro mais forte e a própria Tifa recebe um boost no ataque e se usar mais uma vez esse poder ela tem outro boost de ataque e o ataque com o triangulo muda pra outro mais forte ainda, mas se usar ele, ela volta pro seu modo básico.
Aerith é basicamente a maga do grupo, mas só por que ela tem o maior MP de todos, ela também ataca a distância com seu cajado com orbes de magia. Todas as habilidades dela são focadas em cura e proteção, tendo poucas habilidades de ataque. Com ela precisamos segurar triangulo pra usar um ataque de redemoinho que permanece por um tempo dando dano em área no inimigo atingido.
Red XIII é o único personagem que não controlamos em combate sendo chamado no jogo de personagem convidado.
Nesse jogo quando estamos em combate e a barra de ATB está completa, o tempo fica em câmera lenta no menu para escolher as magias, itens ou habilidades que vamos usar com seu personagem ou um de seus companheiros e no meio da batalha podemos trocar entre os personagens, mas não fique muito animado com isso, a IA desse jogo é ruim, tem vezes que um personagem em específico vai estar fazendo algo tão errado que você será obrigado a trocar pra ele e controlar o personagem, o que me faz pensar, se eles pegaram as melhores coisas do sistema de combate de outros Final Fantasy, por que não pegaram o sistema de gambits do Final Fantasy 12, que nos permitia modificar a IA dos nossos aliados da maneira que queremos. Espero muito que tenha isso no próximo jogo.
Gráficos:
Jogo de final de geração de um console nunca pode decepcionar nos gráficos, mas tem que levar em consideração que é um jogo de final de geração, ou seja os gráficos são incríveis, são realmente jogos lindos, mas tem umas quedas de performance, e principalmente tiveram que piorar o gráfico em alguns aspectos, só dou uma dica, não juguem as portas pelo resto do jogo, tudo bem que elas tem gráficos de Playstation 1, mas, de novo, todo jogo de final de geração tem partes em que o gráfico da uma diminuída, é inevitável não ter.
Trilha Sonora:
Que trilha sonora incrível, remix incríveis que nos lembram as antigas, mas feitas de uma maneira nova, músicas novas incríveis, todas as músicas desse jogo são incríveis. Elas vão grudar muito fácil na sua cabeça, eu posso citar as minhas favoritas como a trilha sonora do boss Airbuster, Let´s Battle Begins, Hollow que toca no final do jogo. Todas são músicas que grudam na sua cabeça e você não vai reclamar de maneira alguma.
Defeitos:
Bem, todo jogo tem defeitos, não tem como não ter, Final Fantasy 7 tem 2 defeitos chatos, pra começar ele é muito linear, o mapa do jogo é literalmente feito de retas atrás de retas e retas e mais retas, retas, retas, retas, retas, e assim vai indo. O mapa do jogo é literalmente uma reta, os únicos lugares que não temos retas são em prédios ou dungeons, mas a maior parte é reta.
Outro defeito é quando terminamos o jogo, que nos permite selecionar os capítulos anteriores do jogo para pegar tesouros secretos, armas, ou missões secundárias que você não fez antes. Mas isso foi mal feito, pra começar você tem que se lembrar qual capítulo você deixou coisas pra trás, na seleção ele até ajuda um pouco mostrando quantas músicas e manuscritos faltam no capitulo, mas não mostra armas e missões secundarias. Sem contar que precisamos terminar o capítulo para ficar com as coisas que pegamos nele e tem muitos capítulos nesse jogo que tem de 20 a 40 minutos. É muito tempo pra pegar uma arma ou uma música. Sério, se você pretende platinar esse jogo, boa sorte, que vai ser bem chato fazer isso.
Nota:
Apesar dos defeitos, a impressão que tenho é que esse jogo foi feito pra jogar uma história, ou seja, o que conta é a sua primeira jogada e o que fez a Square Enix ficar devendo no fator replay do jogo, mas, ainda assim, o jogo tem muitos acertos que engolem os defeitos dele, pelo menos não fica um gosto ruim na boca, por conta disso minha nota vai ser 8/10.
Se você é fã de Final Fantasy ou JRPG esse jogo sem dúvidas tem que ser comprado, mas tenha noção que ele não é mundo aberto.
Introdução
Vale notar que o Final Fantasy VII original é meu jogo favorito de todos os tempos, aprendi a falar inglês por causa do jogo original, jogava com um dicionário ao lado. Logo, as chances de eu gostar desse jogo eram muito grandes, mas minhas expectativas também. O trabalho da Square Enix em Final Fantasy VII Remake foi primoroso. Eles pegaram o começo de Final Fantasy VII, apenas a parte de Midgar, que durava cerca de 10 horas e transformaram numa experiência de 40 horas. Para isso, criaram muito pano de fundo, a participação dos personagens secundários cresceu muito e eles se tornaram extremamente interessantes.
História
A história desse remake é um recorte pequeno da história do jogo original, só que expandido de forma a formar um jogo quase completo. Você é Cloud Strife, um mercenário que está fazendo um serviço para os ecoterrosistas conhecidos como AVALANCHE. Barret é o nome da pessoa que te contratou e ele é um tanto esquisito, com uma metralhadora no lugar da mão. Sua missão é invadir e plantar uma bomba num dos reatores de Mako de Midgar.
AVALANCHE é um grupo que é contra as ações da SHINRA, a grande empresa de Midgar que construiu a cidade e controla os reatores. O problema é que esses reatores consomem Mako que é uma forma de energia vital do próprio planeta e a AVALANCHE acredita que caso sequem as reservas de Mako o planeta irá morrer, enquanto isso a SHINRA pensa apenas em lucro.
O plano inicial dá certo, mas o que era pra ser uma pequena explosão controlada apenas para danificar parte do reator, acaba sendo uma imensa explosão que afeta a cidade de Midgar. Isso aconteceu não por causa da bomba da Avalanche, mas a SHINRA acaba explodindo o reator e culpando a AVALANCHE.
Eu podia contar muito mais sobre Cloud, Barret, Tifa, Aerith, Biggs, Wedge, Jessie, Red XII e sobre os vilões, mas é melhor você ter apenas seus nomes e saborear a história jogando essa obra prima.
Jogabilidade
Aqui a Square Enix conseguiu dar um show, mesmo com alguns problemas. A câmera do jogo é ruim, seja você controlando ela ou usando o botão de travar a câmera, muitas vezes você perde uma parte da ação, ou não enxerga inimigos voando.
Tirando isso, o modo que eles reconstruíram o sistema de batalha de Final Fantasy VII para torná-lo atual e, ao mesmo tempo, manter o mesmo feeling do jogo antigo foi um trabalho de mestre. Você ataca, defende e usa algumas habilidades em tempo real, mas para usar magias, a maioria das habilidades e itens é necessário carregar uma action bar. Apenas depois de carregada a barra que você escolhe uma dessas poderosas ações. Além disso, você consegue facilmente escolher essas ações dos outros personagens que estão no seu time.
Mesmo a parte de ação é divertida e cada personagem tem movimentos diferentes, seguindo suas características do jogo original.
Além disso, joguei num PlayStation 4 normal e não tive nenhum slowdown perceptível durante o jogo todo, achei a experiência perfeita no quesito jogabilidade.
Gráficos e Trilha Sonora
Se o jogo de 1997 tivesse esses gráficos, talvez eu estivesse jogando até hoje. Eles recriaram o universo de Final Fantasy VII com muito capricho. Há problemas sim, algumas texturas que demorar para carregar, alguns problemas aqui e ali e alguns cenários no meio do jogo que não estão caprichados. Mas a caracterização dos personagens e cenários principais está feita de forma primorosa.
O mesmo vale para a trilha que pegou a original e a incrementou de maneira magnífica, com remixes e um sistema de discos colecionáveis no jogo. Além disso há algumas brincadeiras como Barret cantarolando o que era o tema da vitória no jogo anterior quando você vence as batalhas.
Conteúdo
O jogo é praticamente um filme de 40 horas. Levei 41 horas para jogar o jogo no modo normal, ainda há um modo hard e alguns colecionáveis. Acredito que para platinar, deve se demorar cerca de 60 horas (porque você não precisa ver a história de novo). Eu posso dizer com segurança que 60 horas nesse universo valem muito a pena. É uma ótima quantidade de conteúdo. Não chegam perto das mais de 200 horas que coloquei em Final Fantasy VII, mas com esse nível de detalhamento e não tendo partes open-world (mundo aberto), é um belo feito.
Conclusão
Não há como eu não dar nota 10 para o game. Ele tem defeitos sim, mas ele realizou todas minhas expectativas que eram altas e é um baita jogo. Com nostalgia ou sem é uma recomendação segura para qualquer tipo de gamer. Mesmo aqueles que não eram fãs da saga Final Fantasy. Apenas tenho uma ressalva que tenho bastante medo do que farão nas próximas partes do jogo. O jogo termina de forma ótima, mas dando abertura para eles escolherem muitos caminhos para o próximo jogo, alguns saindo completamente fora do script do jogo original. Só me resta esperar e crer que a Square Enix continuará acertando nas decisões para a próxima parte do jogo. Outra coisa interessante foi que agora até quero que haja alguns spin-offs da série, porque eles tornaram muito interessantes personagens secundários do jogo original, principalmente Jessie, Biggs e Wedge.
Vídeos
Links
Página do jogo original.