Pessoal, essa matéria é para apresentar para nossa comunidade a Wizard Gaming, um clube amador de esportes eletrônicos que participou do nosso campeonato de Brawl Stars e ficou com a segunda colocação, derrotando muitas equipes tidas como favoritas durante sua trajetória. 
Além disso, queremos abordar um pouco como é participar de competições de esportes eletrônicos e qual o melhor caminho para se tornar um jogador tanto numa equipe amadora, como numa equipe profissional.


Quem irá responder nossas perguntas é o Paulo Martins CEO e Cofundador da Organização. 

Paulo Martins, CEO da Wizard Gaming.

Gamebros: Bem-vindo! Obrigado por participar da nossa entrevista! Em primeiro lugar, conte um pouco para nós sobre o Wizard Gaming, sua origem, onde estão situados, em que jogos vocês já possuem equipes e suas principais conquistas. 

Paulo Martins: Primeiramente gostaria de agradecer a oportunidade de expor um pouco da experiência que tenho como gestor de uma organização de esportes eletrônicos. Bom, sempre fui apaixonado por games, mas confesso que nunca fui muito habilidoso. Por esse motivo fundei a Wizard Gaming, unindo a minha profissão que é Administrador com meu prazer, os games. Somos uma organização nova, estamos abrindo lineup aos pouco, atualmente temos time de Brawl Stars e CS:GO, acredito que os próximos serão Free Fire Clash Royale e League of Legends.

Como disse por sermos uma organização nova ainda, não acumulamos grandes vitórias e sim muitas experiências. O que mais posso falar é sobre Brawl Stars onde temos mais tempo de jogo:

 

1º Lugar CBBS – Campeonato Brasileiro de Brawl Stars 

Semifinalista CBdBS – Copa Brasil de Brawl Stars 

1º Lugar ELS Cup Brasil #2 

2º Lugar Campeonato Game Bros de Brawl Stars 

1º Lugar CBS OFF – Copa Amadora de Brawl Stars 

 

 

Gamebros: Vamos começar por Brawl Stars, então! Parabéns pelo desempenho em nosso campeonato! Conte um pouco sobre a equipe de vocês de Brawl Stars, como funcionam os treinos, o clube de vocês e quais os jogadores que fazem parte do time que disputa campeonatos. 

Paulo Martins: Hoje no cenário de Brawl Stars são poucas equipes que tem uma rotina de treino como nós temos, acreditamos que isso fez toda a diferença em todos os campeonatos que participamos. Treinamos Semanalmente 2 a 3 horas por dia fazendo análise de composições e mapas. Nosso Clube no Brawl Stars é TOP 8 Brasil e estamos chegando ao TOP 100 mundial.

 

Nossa Lineup é composta por 5 jogadores:

Lineup de Brawl Stars da Wizard Gaming.

Calebe Marques “HardAttack” 
Idade: 14 anos
Record troféu: 15.552

 

Guilherme Nascimento “GuiGooL”
Idade: 16 anos
Record troféu: 16.663

 

Andrei Cardozo “PowerAttack”
Idade: 18 anos
Record troféu: 12.500

 

Kaio de Carvalho “Carioca”
Idade: 15 anos
Record troféu: 12.000

 

Jean Pablo “Jubileu”
Idade: 14 anos
Record troféu: 13.536


Gamebros: Vimos que estão dando uma ênfase grande em Brawl Stars em suas páginas (Nós também!). Mas então... Por que Brawl Stars? O que vocês acham do potencial do jogo como esporte eletrônico e do cenário brasileiro atual? 

Paulo Martins: Acreditamos que o Brawl Stars tem um potencial gigantesco para um competitivo forte, porém falta investimento de grandes organizações até mesmo da própria supercel no cenário Brasileiro. Temos ótimos jogadores, ótimas equipes, mas quase nenhum campeonato. Contudo, nós estamos acreditando fielmente que essa situação irá mudar e o game irá ter a visibilidade que merece. 


Gamebros: Agora considerando um panorama mais geral dos jogos, por que vocês se auto-intitulam como uma equipe amadora? Vocês têm algum interesse em se profissionalizar? Qual a principal diferença para vocês entre um jogador amador e um profissional? 

Paulo Martins: No meu ver como gestor, nos consideramos amadores porque não vivemos disso ainda. Em uma organização profissional você tem uma departamentalização assim como em uma empresa convencional, ou seja, RH, Financeiro, Jurídico, Comercial, Marketing etc.  Além dos players receberem salários fixos e prêmios com campeonato e até mesmo, em alguns casos, carteira assinada (CLT). Por isso agregamos outras lineups, com jogos de maior visibilidade e impacto no mercado, dessa forma a organização poderá crescer e tomar forma de uma organização profissional. 


Gamebros: Quando vocês começaram a se interessar por esportes eletrônicos? Qual foi a primeira competição de vocês? 

Paulo Martins: Além da paixão por games o cenário dos e-sports sempre foi muito atrativo. Hoje vivemos na era do empreendedorismo e não podia ter área melhor para empreender que essa. 

 

Gamebros: Como é o dia a dia de um atleta do e-sport? Quantas horas de treino? Treina sempre com a equipe? Joga partidas solo? No caso de vocês, os atletas se encontram? Ou só se conhecem no mundo virtual?

Paulo Martins: Como estamos no início não é exigido que eles vivam dentro dos games, mas, que treinem rigorosamente e se mantenham em uma boa qualificação em ranking, pois isso que nos dá credibilidade nos games além da própria habilidade do jogador. Os players treinam cerca de 2 a 3 horas por dia. Esse treino compõe: Estudo de táticas, movimentações, composições, mapas etc. Porém eles passam boa parte do dia jogando solo ou com os amigos de suas preferências. Ainda não tivemos a oportunidade de nos encontrar presencialmente, mas logo nos encontraremos, em Janeiro a Wizard fará 1 ano e estamos preparando algo muito legal para essa ocasião.

 

Gamebros: E se algum dos nossos leitores quiser participar de uma equipe organizada? Qual o melhor caminho? Vocês que recrutam ativamente jogadores que acham que cabem nas equipes de vocês ou os jogadores vem atrás de vocês e vocês fazem seletivas?

Paulo Martins: Essa é uma pergunta muito boa, porque hoje o Brawl tem bons jogadores, porém não sabem esse caminho, o qual não é nenhum bicho de sete cabeças.  Nós particularmente recebemos contatos por indicações, fazemos testes com esses jogadores e depois damos o feedback. O que vemos muito é jogadores com grande número de troféu se intitular “pro player”, mas quando entra em um competitivo não sabe se posicionar no jogo. Mas de uma forma simples, entre em um clube do Brawl Stars e comece a se destacar, interagindo e jogando com os demais integrantes, com toda certeza um dos líderes irá recrutá-lo quando houver uma oportunidade.

 

Gamebros: Agora de forma mais geral, o que você acha do cenário de e-sports no Brasil? O que acha que pode melhorar? Quais jogos estão atraindo mais o público e os patrocinadores e em quais jogos você vê potencial de investimento?

Paulo Martins: O cenário no Brasil tem muito que crescer, na verdade já deveria ser grande, mas como disse antes, o investimento é pouco. Existem muitos talentos escondidos em nosso país, mas não existem oportunidades para eles demonstrar o que sabem. Esse ano de 2019 grandes organizações criando suas equipes “Academy”, talvez essa seja uma oportunidade para esses talentos mostrarem seus rostos. Eu aposto muito que a modalidade Mobile vai crescer, porque não exige investimento absurdo por parte dos players e todos podem brigar por um espaço nesse universo.

 

Gamebros: Quer dar algum recado aos nossos leitores e ao público de e-sport em geral?

Paulo Martins: Acredite em você, acredite no seu potencial. Não deixe palavras de inveja tirar o seu foco, levante todos os dias da cama dizendo “eu vou conseguir”. Torça por nós! #gowizard.

Obrigado.

 

Gamebros: Muito obrigado pela entrevista, deixe os links das mídias sociais da Wizard Gaming para os nossos leitores poderem seguir vocês!

Paulo Martins:

 

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Publicado em 12/07/2019 às 17:18 por:
Binho